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O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo (Quarta Obra - 1865)




Lendo-se este livro com atenção, vê-se que a sua estrutura corresponde a um verdadeiro processo de julgamento. Na primeira parte temos a exposição dos fatos que o motivaram e a apreciação judiciosa, sempre serena, dos seus vários aspectos, com a devida acentuação dos casos de infração da lei; na segunda parte o depoimento das testemunhas. Cada uma delas caracteriza-se por sua posição no contexto processual. E diante dos confrontos necessários, o juiz pronuncia a sua sentença definitiva, ao mesmo tempo enérgica e tocada de misericórdia. Estamos ante um tribunal divino. Os homens e suas instituições são acusados e pagam pelo que devem, mas agravantes e atenuantes são levados em consideração à luz de um critério superior.

A 30 de setembro de 1863, como se pode ver em Obras Póstumas, Kardec recebeu dos Espíritos Superiores este aviso: "Chegou a hora de a Igreja prestar contas do depósito que lhe foi confiado, da maneira como praticou os ensinamentos do Cristo e do uso que fez de sua autoridade; enfim, do estado de incredulidade a que conduziu os espíritos." Esse julgamento começava com a preliminar constituída pelo O Evangelho Segundo o Espiritismo e devia continuar com O Céu e o Inferno. Dentro de dois anos, em seu número de setembro de 1865, a Revista Espírita publicaria em sua seção bibliográfica a notícia do lançamento do quarto livro da Codificação Espírita: O Céu e o Inferno. Faltava apenas A Gênese para completar a obra da Codificação da III Revelação.

Dois capítulos de O Céu e o Inferno foram publicados antecipadamente na Revista: o capítulo intitulado Da Apreensão da Morte, vigorosa peça de acusação, no número de janeiro de 1865, e o capítulo Onde é o Céu, no número de março do mesmo ano. Apareceram ambos como se fossem simples artigos para a Revista, mas o último trazia uma nota final anunciando que ambos pertenciam a uma "nova obra que o Sr. Allan Kardec publicará proximamente".

Em setembro a obra já aparece anunciada como à venda. Kardec declara que, não podendo elogiá-la nem criticá-la, a Revista se limitava a publicar um resumo do seu prefácio, revelando o seu conteúdo. Os capítulos antecipadamente publicados aparecem, o primeiro com o mesmo título com que saíra e o segundo com o título reduzido para O Céu.

Estava dado o golpe de misericórdia nos dogmas fundamentais da teologia do cristianismo formalista, tipo inegável de sincretismo religioso com que o Cristianismo verdadeiro, essencial e não formal, conseguira penetrar na massa impura do mundo e levedá-la à custa de enormes sacrifícios. Kardec reafirma o caráter científico do Espiritismo. Como ciência de observação a nova doutrina enfrenta o problema das penas e recompensas futuras à luz da História, estabelecendo comparações entre as idealizações do céu e do inferno nas religiões anteriores e nas religiões cristãs, revelando as raízes históricas, antropológicas, sociológicas e psicológicas dessas idealizações e denunciando os absurdos a que chegara a imaginação teológica na formulação dos dogmas cristãos.

O primeiro capítulo de O Céu e o Inferno intitula-se O Futuro e o Nada. Esse título coloca o leitor em face das duas alternativas fundamentais do espírito. Kardec se revela ao mesmo tempo cartesiano e shakespeariano. É cartesiano quando propõe esta premissa lógica, de agudo realismo: vivemos, pensamos, agimos; isto é positivo; não é menos certo que morremos. É shakespeariano quando evoca o dilema: ser ou não ser, eis a alternativa. Mas ao mesmo tempo se opõe, com a antecedência de mais de um século, à tese do nada que surgirá ali mesmo, na França, com a filosofia existencial de Jean-Paul Sartre, o teórico da frustração e da nadificação do homem.

O que mais impressiona neste processo jurídico é a objetividade da acusação. Não estamos diante de um tribunal romano, onde as normas do Direito se subordinam às exigências imediatistas do Império, mas perante um tribunal grego do mundo socrático, onde o juiz implacável pergunta a todo instante: o que é isso? E exige definição precisa segundo as leis da maiêutica. Estas comparações não são retóricas, são simplesmente históricas. O processo lógico de Kardec segue as linhas dialéticas da busca socrática da verdade, segundo a exposição platônica. O juiz que pontifica neste tribunal não enverga a toga impura de Anito, mas a túnica de Platão.

A comparação do inferno pagão com o inferno cristão é um dos mais eficazes trabalhos de mitologia comparada que se conhece. A mitologia cristã se revela mais grosseira e cruel que a pagã.

Bastaria isso para justificar o Renascimento. O mergulho da humanidade no servedouro medieval levou a natureza humana a um retrocesso histórico só comparável ao do nazi-fascismo em nosso tempo. Os intelectuais materialistas assustaram-se com o retrocesso do homem nos anos 40 do nosso século e puseram em dúvida a teoria da evolução. Se houvessem lido este livro de Kardec saberiam que a evolução não se processa em linha reta, mas em ascensão espiralada. Os teólogos medievais estavam racional e moralmente atrasados em relação aos teólogos gregos porque representavam uma vasta camada de população ainda não atingida pelas luzes da cultura helênica. A evolução do homem na Terra está sujeita às vicissitudes da superposição periódica de camadas populacionais inferiores que precisam aflorar na superfície cultural para se beneficiarem. A queda do Império Romano foi um momento de superposição dos bárbaros, que precisavam abeberar-se na cultura clássica. No episódio aparentemente inexplicável do nazi-fascismo tivemos um novo afloramento dos instintos bestiais do homem. Esses instintos ainda estão presentes em nosso mundo de pós-nazismo, mas vão sendo caldeados na ebulição cultural dos nossos dias. Nenhuma imagem explicaria melhor essa situação que a do caldeirão medieval, formulada por Wilhelm Dilthey.

Vemos assim que este livro de Kardec tem muito para ensinar, não só aos espíritas, mas também aos luminares da inteligência neo-pagã que perdem o seu tempo combatendo o Espiritismo, como gregos e romanos combateram inutilmente o Cristianismo. O processo espírita se desenvolve na linha de seqüência do processo cristão. A conversão do mundo ainda não se completou. Cabe ao Espiritismo dar-lhe a última demão, como desenvolvimento natural, histórico e profético do Cristianismo em nosso tempo. A leitura e o estudo sistemático deste livro se impõem a espíritas e não-espíritas, a todos os que realmente desejam compreender o sentido da vida humana na Terra.

Mesmo entre os espíritas este livro é quase desconhecido. A maioria dos que o conhecem nunca se inteirou do seu verdadeiro significado. Kardec nos dá nas suas páginas o balanço da evolução moral e espiritual da humanidade terrena até os nossos dias. Mas ao mesmo tempo estabelece as coordenadas da evolução futura. As penas e recompensas de após morte saem do plano obscuro das superstições e do misticismo dogmático para a luz viva da análise racional e da pesquisa científica. É evidente que essa pesquisa não pode seguir o método das ciências de mensuração, pois o seu objeto não é material, mas segue rigorosamente as exigências do espírito científico moderno e contemporâneo. O grave problema da continuidade da vida após a morte despe-se dos aparatos mitológicos para mostrar-se com a nudez da verdade à luz da razão esclarecida.

Como ciência de observação o Espiritismo nos oferece a análise de Kardec na primeira parte do volume. Como ciência de pesquisa nos oferece a segunda parte, em que vemos Kardec investigar objetivamente a situação dos espíritos após a morte. Como ele acentua incessantemente, as penas e recompensas, que são as conseqüências naturais do comportamento humano na Terra, não aparecem aqui como alegorias ou suposições elaboradas pela mente, mas como o resultado da pesquisa mediúnica, da investigação direta da situação dos espíritos através de suas próprias revelações. E essas revelações não são gratuitas nem colhidas ao acaso, mas provocadas pelo experimentador através de anos de trabalho árduo e paciente. Mais de um século depois de realizado, esse trabalho é hoje sancionado pelas investigações recentes, não só no meio espírita mas também no campo das investigações parapsíquicas.

A imparcialidade de Kardec e o seu amor pela pesquisa, a sua confiança na eficiência da investigação científica transparecem a cada instante. Charles Richet teve razão ao reconhecer a vocação científica do Codificador do Espiritismo. Dando ao inferno e ao céu os seus contornos reais, com base nos resultados de sua investigação, Kardec não repudia o dogma do purgatório, o mais suspeito da estrutura teológica arbitrária porque introduzido tardiamente no sistema dogmático católico, mas aceita-o e justifica-o. O purgatório é a Terra, o lugar determinado e circunscrito em que purgamos as nossas imperfeições, encarnados ou desencarnados.

A doutrina teológica dos anjos e demônios é submetida também à prova dupla da análise racional e da pesquisa científica. A conclusão é límpida e certa: somos demônios quando estamos saindo da animalidade para a espiritualização e somos anjos quando estamos saindo da humanidade para a angelitude. Mas isso não é uma idéia, uma hipótese, o produto de uma elocubração mental ou de uma interpretação arbitrária de textos sagrados. É o resultado da observação e da pesquisa. Milhares de criaturas espirituais observadas, interrogadas, submetidas à experiência mediúnica, forneceram os tipos psicológicos e morais da escala espírita, numa verdadeira classificação psíquica aplicável não só aos espíritos, mas também à tipologia humana.

A importância deste livro é maior do que realmente se pensa. No tocante à Teologia, como procuramos demonstrar em várias notas ao texto, O Céu e o Inferno antecipou de mais de um século as transformações que ora se operam no seio das várias igrejas. Se os teólogos, que pretendem ser homens mais do que homens, como Descartes os classificou, pudessem ter a humildade suficiente para consultá-lo, encontrariam nestas páginas a solução dos seus mais angustiantes problemas.

(São Paulo, 30 de julho de 1973)

JOSÉ HERCULANO PIRES

Título original em francês: LE CIEL ET L'ENFER ou La Justice Divine selon le Spiritisme
Autor: Allan Kardec (1865) (Hippolyte Leon Denizard Rivail)
Tradução: Guillon Ribeiro
Publicado pela FEB – Federação Espírita do Brasil



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O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec (Terceira Obra - 1864)


Este livro foi publicado, inicialmente, com o título de Imitação do Evangelho. Kardec explica o seguinte: Mais tarde, por força das observações reiteradas do Sr. Didier e de outras pessoas, mudei-o para Evangelho Segundo o Espiritismo” . Trata-se do desenvolvimento dos tópicos religiosos de O Livro dos Espíritos, e representa um manual de aplicação moral do Espiritismo.
A 9 de agosto de 1863, Kardec recebeu uma comunicação dos seus Guias, sobre a elaboração deste livro. A comunicação assinalava o seguinte: “Esse livro de doutrina terá influência considerável, porque explana questões de interesse capital. Não somente o mundo religioso encontrará nele as máximas de que necessita, como as nações, em sua vida prática, dele haurirão instruções excelentes. Fizeste bem ao enfrentar as questões de elevada moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos”.
Em comunicação posterior, a 14 de setembro de 1863, declaravam os Guias de Kardec: “Nossa ação, principalmente a do Espírito da Verdade, é constante ao teu redor, e de tal maneira, que não a podes negar. Assim não entrarei em detalhes desnecessários, sobre o plano da tua obra, que, segundo os meus conselhos ocultos, modificaste tão ampla e completamente”. Logo adiante acentuavam: “Com esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes, e já podemos ver-lhe a cúpula a desenhar-se no horizonte”.
Estas comunicações, cuja leitura completa pode ser feita em Obras Póstumas, revelam-nos a importância fundamental de O Evangelho Segundo o Espiritismo, na Codificação Kardeciana. Enquanto O Evangelho dos Espíritos nos apresenta a Filosofia Espírita em sua inteireza e O Livro dos Médiuns, a Ciência Espírita em seu desenvolvimento, este livro nos oferece a base e o roteiro da Religião Espírita.
Livro de cabeceira, de leitura diária obrigatória, de leitura preparatória de reuniões doutrinárias, deve ser encarado também como livro de estudo, para melhor compreensão da Doutrina. A comunicação do Espírito da Verdade, colocada como prefácio, deve ser lida atentamente pelos estudiosos, pois cada uma de suas frases tem um sentido mais profundo do que parece à primeira leitura.
A Introdução e o Capítulo I constituem verdadeiro estudo sobre a natureza, o sentido e a finalidade do Espiritismo. Devem ser estudados atenciosamente, e não apenas lidos. Formam uma peça de grande valor para a verdadeira compreensão da Doutrina.
JOSÉ HERCULANO PIRES
Título original em francês:  L´EVANGILE SELON LE SPIRITISME
Autor: Allan Kardec (1864) (Hippolyte Leon Denizard Rivail)
Tradução: Guillon Ribeiro
Publicado pela FEB – Federação Espírita do Brasil



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O Livro dos Médiuns de Allan Kardec (Segunda Obra - 1861)




É o aprofundamento do estudo sobre as manifestações dos Espíritos. Está dividido em duas partes, cada parte em vários capítulos. A primeira trata das noções preliminares para introduzir o leitor nos assuntos, começando por um capítulo intitulado "Há Espíritos?".
A segunda parte trata das manifestações propriamente ditas, mediunidade, seus variados tipos, médiuns e fatores que influem na mediunidade. Enfoca os princípios básicos para a utilização adequada da mediunidade, a questão moral e a mediunidade, bem como os problemas das mistificações, das fraudes e do charlatanismo. No final, apresenta o regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e também das comunicações apócrifas (falsas) que podem enganar os mais afoitos e menos esclarecidos a respeito de mediunidade.
Título original em francês:  LE LIVRE DES MÉDIUMS
Autor: Allan Kardec (1861) (Hippolyte Leon Denizard Rivail)
Tradução: Guillon Ribeiro
Publicado pela FEB – Federação Espírita do Brasil


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O Livro dos Espíritos de Allan Kardec (Primeira Obra - 1857)




O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) é o primeiro livro sobre a doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 18 de abril de 1857, sob o pseudônimo Allan Kardec. É uma obra básica do espiritismo, e foi lançado por Kardec após seus estudos sobre os fenômenos que, segundo muitos pesquisadores da época, possuíam origem mediúnica, e estavam difundidos por toda a Europa durante o século XIX.

Nele estão contidos os princípios fundamentais do Espiritismo, tal como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, através do concurso de diversos médiuns. Seu conteúdo é apresentado em 4 partes: Das causas primárias, do mundo espírita ou dos espíritos, das Leis Morais e das esperanças e consolações.

Eis alguns dos assuntos de que trata: prova da existência de Deus, Espírito e Matéria, formação dos mundos e dos seres vivos, povoamento da Terra, pluralidade dos mundos, origem e natureza dos Espíritos, perispírito, objetivos da encarnação, sexo dos Espíritos, percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos, aborto, sono e sonhos, influência do Espíritos nos acontecimentos da vida, pressentimento, Espíritos protetores e outros temas de real interesse ao homem atual.

Na parte relativa às Leis Morais, os temas versam sobre o bem e o mal, a prece, necessidade de trabalho, casamento, celibato, necessário e supérfluo, pena de morte, influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade, desigualdades sociais, igualdade de direitos do homem e da mulher, livre-arbítrio e conhecimento de si mesmo. E, finalmente, na última parte, refere-se aos temas: perdas de entes queridos, temor da morte, suicídio, natureza das penas e gozos futuros, Paraíso, Inferno e Purgatório.

É um livro que abre novas perspectivas ao homem, pela interpretação que dá aos diversos aspectos da vida, sob o prisma das Leis Divinas, da existência e sobrevivência do Espírito e sua evolução natural e permanente, através de reencarnações sucessivas.
Seus ensinamentos conduzem o homem atual à redescoberta de si mesmo, no campo do espírito, fornecendo-lhes recursos para que compreenda, sem mistério, quem é, de onde veio e para onde vai.


Título original em francês:  LE LIVRE DES ESPRITS
Autor: Allan Kardec (1804-1869) (Hippolyte Leon Denizard Rivail)
Tradução: Guillon Ribeiro
Publicado pela FEB – Federação Espírita do Brasil


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Patrícia desencarnou aos dezenove anos, de forma tranquila: "foi como dormir e acordar no plano espiritual, entre amigos".

Violetas na Janela mostra o relato de uma pessoa consciente do que é a desencarnação. É narrado com muita simplicidade pela própria Pratrícia, as belezas que encontrou no plano espiritual, além das dúvidas que teve, do tipo: Como se alimentar? Como se vestir? Sentiria frio? Usaria o banheiro?


Patrícia descreve com clareza a colônia para onde foi levada, algumas curiosidades, detalhes da vida espiritual, e o mais importante: fala da ajuda que obteve dos familiares espíritas e da sustentação psicológica que recebeu de seu pai, exemplificando como proceder diante da morte de entes queridos.

Em alguns trechos, Patrícia relata também histórias contadas por outros espíritos desencarnados e moradores da Colônia para onde foi, que passaram por momentos difíceis em seu desencarne.
A leitura desmistifica a "morte" e nos faz entender que a verdadeira vida está "do outro lado".

Alguns trechos do livro para refletirmos:

“- A morte do meu corpo foi muito dolorida. (…) Revoltei-me com tudo e todos, tornei-me uma doente amarga. (…) Continuei a sofrer depois do desencarne. Vaguei com dores pelo meu antigo lar. Sofri muito. Depois de muitos anos fui socorrida. Entendi que foi merecido tudo o que passei. Tendo saúde quando encarnada, não dei valor, tomava sempre bebidas alcoólicas, fumava, envenenei meu corpo com egoísmo, inveja e ciúme. Se não fiz mal a ninguém, fiz pouco bem, e o que fiz foram a poucas esmolas, resto do meu supérfluo que distribuí. Nunca pensei em ajudar realmente alguém. Vivi na matéria, como uma tola imprudente, ignorando a parte verdadeira, a espiritual. A dor, a doença, tudo isso foi uma forma que havia escolhido, antes de reencarnar, para alertar-me, mas fiquei revoltada e não sofri com resignação. Quem não sofre com aceitação, pouco lhe adianta. Depois, em vez de reconhecer meus erros, revoltei-me, achando injusto, por não ter feito, em meu ponto de vista, nada de ruim, pois não matara, não roubara, não traíra, etc. Esqueci-me de que pude fazer o bem e não fiz. Nem aprender quis. Para que saber? Dizia sempre: “Depois de morta, aprendo. E isso, se houver continuação da vida”. Teve, continuei a existir depois do meu corpo ter morrido. E permaneci sofrendo pelos mesmos motivos, até que, cansada, comecei a ver realmente meus vícios. Mais humilde, clamei, pedi ajuda. Amigos e parentes levaram-me para o hospital de um Posto de Socorro, onde sarei e vim para a Colônia. Agora, tendo a oportunidade, sou agradecida, tento educar-me no trabalho útil e no estudo da boa moral. {Palavras de D. Amélia}”


“O comodismo, o ‘estar muito bem assim’, faz com que paremos. Já estive pior, mas não é por isso que não posso querer melhorar.”

“Devemos compreender sem ilusão o que realmente somos, e não o que pensamos ser, e, com coragem, realizar nossa transformação. Ser agora, no presente. O futuro é uma consequência vivida do presente e não fruto de aspirações de uma mente ociosa, que deixa sempre essa transformação para depois. É nossa obrigação passar de necessitado para útil.

(…) Prometi a mim mesma não ter mais necessidades, não somente as que refletem do corpo físico (…) Mas as principais: não ser pedinte de graças, não querer que outras pessoas façam o que posso fazer e também aprender a ser útil e a servir.”


“O não entendimento da continuação da vida leva muitas pessoas a terem pena de quem desencarna. A desencarnação para os bons é paz e alegria. Para os maus e ociosos é o começo de sua colheita.”

“A prece muitas vezes não atinge a quem se pretende beneficiar, mas, indiscutivelmente, beneficia a quem ora.”


História Ditada pelo Espírito: Patrícia
Psicografada por: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Publicado pela Petit Editora, da cidade de São Paulo em 1993


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