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Firmeza é algo provisório, enquanto a vela está acesa está firmada, apagou,  não está mais ali a força, o vínculo.
Assentamento é uma força assentada, às vezes, costuma-se dizer: “assentamento é uma força plantada, é uma força enraizada”.

De forma resumida, podemos dizer que firmeza é uma força ou poder firmado e assentamento, a força ou o poder assentado; Mas você sabe a diferença entre "força", e "poder"?

DEFINIÇÃO DE FORÇA E PODER:


Força é algo transitório: Instável e em permanente evolução, às vezes mostrando-se em seu estado potencial e outras mostrando-se em atividade, sempre dependendo da existência do poder para ser colocado em movimento e beneficiar-nos. Usamos a palavra força para o que é Espiritual ou provem do Espírito.

Poder é algo permanente: Estável e realiza-se por si só na vida de seus beneficiários, não dependendo de nada além de Deus para influir sobre tudo e todos em seu campo ou faixa de atuação. Usamos a palavra poder para o que é Divino ou provem da Divindade.

O que é Espiritual não é Divino e o que é Divino não é Espiritual

Há diferenças entre poder e força assim como há entre Divindade e Espírito!
A Divindade realiza-se por si na vida dos seres porque é em si a ação, enquanto o Espírito só pode e consegue agir sobre os seres se a Divindade lhe conceder poderes para tanto.

 Forças são as das Entidades e poder são os Orixás.

O QUE SÃO AS FIRMEZAS:

Firmamos uma força quando, por exemplo, acendemos uma vela. Ao acender tal vela, após sua Consagração, ela se torna um ponto de firmeza Espiritual. Esse ato deve vir com força e convicção do íntimo, do contrário é apenas e tão somente uma vela acesa.
Assim, dizemos que ali, naquela vela, uma força está firmada porque firmar significa que tal força vibrará e repercutirá enquanto a vela estiver acesa, finalizando sua tarefa quando se apagar.

A Vela é um recurso de ligação nossa com o Orixá, Guia Espiritual ou nosso Anjo da Guarda. Potencializamos a firmeza da vela quando, por exemplo, escolhemos cores que correspondem aos Orixás ou Guias Espirituais.

Pontos riscados potencializam ainda mais a firmeza da vela, especificando para uma determinada Entidade ou Orixá! Geralmente feitos em Terreiros.

Alguns exemplos de firmezas para Orixás:

Oxalá - Um prato branco ou transparente, com água, oferecida a Oxalá, com uma vela branca de sete dias.

Iemanjá - Uma bacia ou um prato, com água do mar e uma vela azul claro. Podendo também ter outros elementos do mar, como um punhado de areia, conchas, etc (água com sal grosso pode substituir a água do mar)

Oxóssi - Folhas verdes e frescas variadas, com uma vela verde.

E assim você pode fazer com todos os demais Orixás, colocando um de seus elementos ritualísticos, como as folhas de Oxóssi, ou a água do mar de Iemanja, e uma vela com cor referente ao Orixá. Lembrando que apenas a vela já é uma firmeza.

Nos altares dos terreiros, os Gongás, há firmezas e assentamentos. Podemos fazer nossas firmezas em casa também, para nós ou em auxílio ao nosso próximo, pedindo força, proteção e amparo sempre que assim julguemos necessário.

A partir do momento que a vela está consagrada e firmada, ela tem um dono, destinada ao Orixá ou Guia que você firmou. Então se aparecer algum espírito – porque o medo das pessoas é acender uma vela e atrair espíritos – esse será encaminhado para ser cuidado, pelo próprio dono daquela vela.

A firmeza de Anjo da Guarda é uma das firmezas mais importantes para os médiuns de Umbanda. Algumas pessoas firmam seus anjos de guarda com vela de sete dias substituindo-a assim que termina, toda semana.
Juntamente com um copo de água, e geralmente perto da "feitura" do médium, a vela de sete dias é um ponto de força muito importante, ela mantém seu Anjo de Guarda sempre iluminado e atento as conturbações do dia a dia.
Caso você não seja médium, pode acender sua firmeza pro seu Anjo dentro de casa, em local a cima da sua cabeça, com um copo de água e muita fé.

O QUE SÃO OS ASSENTAMENTOS:

Um assentamento é um local especial porque nele há um portal “tridimensional” que interage de forma permanente entre as três dimensões ou lados da vida: o lado Divino, o natural e o Espiritual.
Essas três dimensões, já interagem de forma permanente nos santuários naturais consagrados aos poderes e às forças - como nos rios, mares, cachoeiras etc - e neles podemos entrar e trabalhar em nosso benefício ou no dos nossos semelhantes.  Mas em nossa Casa ou em nosso Centro, aí se faz necessário o auxílio dos assentamentos para que os três lados possam interagir e realizar ações corretas em benefício dos necessitados, sem que estes tenham de ir até a natureza continuamente.

Assentam-se forças Divinas, naturais e Espirituais.  Esses assentamentos são importantes porque são em si portais multidimensionais e interagem com realidades de vida ainda desconhecidas por nós, os Espíritos encarnados.

Sabendo que as forças vivem no plano Espiritual e os poderes vivem no plano Divino da criação e, a partir deles, enviam-nos suas vibrações, auxiliando os trabalhos espirituais que são realizados nos Centros de Umbanda, podemos entender para que serve um assentamento. Ele faz uma espécie de ligação direta entre esses planos auxiliando na mediunidade. Como em um trabalho Espiritual vêm pessoas com poderosas cargas negativas, é preciso que exista no plano material pontos de descarga que possam absorvê-las e enviá-las de volta às faixas vibratórias negativas.

São colocados alguns elementos com poderes magísticos, com a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarga e irradiação. Geralmente os assentamentos para os Guardiões são feitos com terra, pois essas Entidades trabalham muito com a firmeza da terra, o descarrego...

Em regra, faz-se um assentamento central e daí em diante começa a firmeza de outras forças ou de outros poderes ao seu redor, aumentando seu campo de ação e de atuações.
Normalmente se assentam o Guia-Chefe - Aquele que está na frente do Pai/Mãe de Santo - e o Orixá regente da coroa do dirigente espiritual - O que vem de frente, seja Pai ou Mãe - assim como os de seus Guardiões, Exu e Pombagira.

Os assentamentos do Guia chefe e do Orixá devem estar localizados dentro das construções que abriga o terreiro.
Os assentamentos do Exú e Pombagira guardiã devem ser feitos do lado de fora da construção principal que abriga o terreiro, ou também pode estar dentro de outra construção de porte menor, no terreiro - Chamamos de "Casa de Exu".
O ideal é que os assentamentos dos Orixás e dos Guias chefes da Direita e da Esquerda se localizem em cômodos isolados e com acesso restrito, inacessível ao publico, apenas aos médiuns. 

QUANTOS ASSENTAMENTOS TEM EM UM TERREIRO?

Dentro de um Terreiro costuma-se ter no mínimo dois assentamentos que é o “assentamento do Gongá” e o “assentamento da tronqueira”Assentamento da Linha da Esquerda.
Tronqueira é o que bloqueia a entrada; A palavra “tronqueira” vem de tronco, antigamente se chamava de tronqueira aqueles troncos que se usavam na entrada das fazendas, quando não havia porteira.

Assentamento do Gongá:
Os terreiros têm altar por influência da igreja católica e sua função é colocar na horizontal, a energia que nele penetra verticalmente.
No Gongá que se faz o assentamento, geralmente, para o Orixá de frente de seu dirigente encarnado, Pai/Mãe de Santo.

Assentamento na Tronqueira:
Na tronqueira se fazem os assentamentos de Exu e Pombogira também para o dirigente da casa, ou seja, para os Guardiões que o acompanham.

 O INÍCIO DOS ASSENTAMENTOS E O OTÁ:


O “Otá” significa pedra na língua Nagô Yorubá. Ele equivale a "pedra funda­men­tal" das grandes construções civis ou de grandes templos erigidos no pla­no material pelas mais diversas reli­giões.
Cada Orixá tem a sua pedra(as) e é por ela que o médium deve come­çar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Ori­xá.
Montar assentamento com Otá é bem simples, só vai exigir de você que busque sua pedra. seja dentro ou fora da natureza. Com a facilidade do comércio hoje em dia, muita gente compra as pedras em lojas especializadas. 


Os cristais são bons Otás, basta que sejam correspondentes à força que se queira assentar. São neles que você vai construir o seu assentamento.

O mais simples é:

A pedra que veio do comércio, deve ser limpa com água e sabão. Defume, coloque no sal grosso de um dia para o outro, depois enterre e deixe mais 24 horas enterrada para ter certeza que está totalmente neutra, limpa da energia de qualquer outra pessoa que não seja você, ela precisa resgatar a energia da Natureza.

Passado o procedimento acima, envolva seu então, Otá, num tecido, de preferência sem uso e limpo, branco, vá à Natureza, no ponto de força de sua preferência, ou de seu Orixá de frente, ofereça a pedra, consagre-a e assente-a.
Flores, frutas, bebidas e velas podem compor esse ritual. Todas, porém, correspondentes ao Orixá de frente, a quem se quer assentar.

Dessa forma será estabelecido um vínculo entre a pedra, Otá, e o sítio vibracional escolhido.

Finda a oferenda, espere até que as velas se apaguem - Nesse momento, aquela "pedra" que você comprou na loja, ou recolheu da Natureza, não é mais apenas uma pedra, ela já se tornou seu Otá.

O Otá, é então envolvido novamente no tecido e levada ao Terreiro. Já em sua morada, será mergulhado num amaci, extrato de ervas correspondentes ao Orixá para o qual foi consagrada, será coberto com pano e, ao seu redor, velas de sete dias serão acesas.
Ocupará então, ao término de uma semana, quando as velas terminarem de queimar, seu lugar no altar.

Esse assentamento, com Otá, é um vórtice de energia que constantemente estará captando energia da natureza e trazendo para dentro do Terreiro para sustentar o trabalho.

Depois de sete dias o Otá será descoberto, o Orixá ou o Caboclo vem em terra para receber essa pedra, ela é retirada e é colocada em cima ou embaixo do altar. Ali a pedra pode ficar seca ou pode ficar dentro de copo com água.
Além do modelo de assentamento acima citado, existem vários outros, várias outras formas de montá-los e interagir com os mesmos.
Lembrando que: Um Otá genuíno só deve ter a mão do seu dono e só deve ter a vibração do seu Orixá. Qualquer outra vibração incorporada ao Otá de uma pes­soa influirá negativamente sobre ele e sobre o seu dono, assim como sobre o próprio Orixá.
Um Otá é algo pessoal e não deve ser manipulado por mais ninguém além do seu dono e só de­ve conter suas vi­bra­ções e as do seu Orixá.


Os assentamentos criam vórtices ou “pontos de forças”, enquanto as firmezas de Guias e Orixás dotam-no de um maior poder de realização.
Ambos são fundamentais para os trabalhos mediúnicos, cada um com suas particularidades, mas todos, apenas se feitos, com amor e fé!

Em outros artigos eu terminei dizendo que tudo feito com Amor é mais forte e duradouro, e que a Fé é o elemento principal para um trabalho de caridade bem realizado! Nesse não diferente termino com o seguinte conselho: Ninguém assenta fora o que não está assentado dentro”.

Por isso, antes de querer exacerbar do lado de fora seus "assentamentos" crie a Espiritualidade dentro de você! Assente em seu coração sua força e a força de seus Guias e Mentores. Deixe que esse amor, e sua Fé, transbordem primeiro para depois montar seu assentamento. Pra tudo na vida tem hora, não queira apressar as coisas, aguarde seu momento.

Nada aqui escrito é uma verdade absoluta, no mundo, tudo é mutável e cada Casa e Terreiro tem seu próprio fundamento. Use esse artigo como base para que depois possa conversar com seu dirigente Espiritual!

Luz!

Leitura indicada para saber mais sobre o assunto:
"Rituais de Umbanda" - obra de Rubens Saraceni.

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Links dos assuntos relacionados no Blog, indicados para você:
Consagração 
A Magia das Velas
O Gongá

 
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Um irmão comentou

  1. Eu realmente não sabia que assentamento era tão importante assim.

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