A palavra Gongá, ou Congá significa Altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir, o alimentar por significado. Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Gongá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.
Lugar sagrado, firmado e com fundamento! Ele é o Centro de qualquer Terreiro! Não basta uma Casa ter apenas sua firmeza, ela precisa ter um Gongá firme pois é Nele onde todos estão concentrados em seus pensamentos...
Vários povos de diferentes culturas, através de sua hierarquia espiritual (sacerdotes, Xamãs, Pajés e outros) de alguma forma identificavam locais onde energeticamente estabeleciam relações com suas divindades e onde consagravam seus cultos a elas, como uma “ponte” entre os humanos e o sagrado. Mesmo antes de se fazer templos destinados a seus cultos os Altares já existiam.
O Gongá é o ponto principal de axé em um Terreiro. Um local consagrado, onde as energias são permanentemente renovadas, através de nossas preces e outros objetos imantados que ali são dispostos, como velas, flores, copos com água, pontos riscados, pedras e imagens.
Na Umbanda lidamos com fluidos às vezes muito pesados e uma grande quantidade de pessoas não consegue ainda compreender o verdadeiro objetivo da Umbanda. O gongá é o mais potente aglutinador de forças do templo, ele é atrativo, condensador, escoador, expansor, transformador. Alimentador dos mais diferentes tipos de energias e de magnetismo.
CARACTERÍSTICAS:
❥ Atrativo: Atrai os pensamentos que estão a sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com os orixás regentes do templo, mais intensa é essa atração - Gongá com excessos de objetos, dispersa e quebra as energias e suas forças emitidas.
❥ Condensador: Condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes. Ele absorve os pensamentos dos consulentes e médiuns.
❥ Escoador: Se o consulente ainda tiver qualquer forma de pensamentos negativos, ao chegar na frente do Gongá, elas serão descarregadas para a terra, passando por em como se fosse um para-raios. O Gongá absorve as energias negativas dos consulentes e descarrega na terra.
❥ Expansador: Expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
❥ Transformador: Funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra.
❥ Alimentador: é o sustento vibratório de todos os trabalhos mediúnicos, pois junto dele fixam-se no astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Assim, podemos verificar que o altar, ou o Gongá, é uma verdadeira concentração energética. Todos concentram ali seus pensamentos, suas orações, suas criações mentais mais sutis. Então, quando precisamos de uma cota energética maior para desenvolver certas atividades, é só recorrermos a esse “depósito” de energias, pois ele é também um imenso reservatório de → Ectoplasma, força grandemente utilizada por nossos trabalhadores, em vista da natureza nas nossas atividades.
Desta forma, é necessário que se cuide muito bem do Gongá de uma Casa. A harmonia de uma reunião de Umbanda está diretamente relacionada com a manutenção da boa prática de energização de todos os símbolos ali presentes, para que a troca realizada seja intensa e benéfica para todos os participantes da corrente mediúnica.
GONGÁ TEM FUNDAMENTO!
Saibam que não é de qualquer maneira que é montado um Altar. Umbanda é e está na Natureza e em seus elementos
naturais. Por isso mais do que ter imagens nos altares, é ter elementos naturais
que representem os Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, “da
Umbanda”, para dentro de nossa casa.
Os elementos podem ser as águas, as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios,
como também instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. É muito comum você vê a imagem de um Orixá, ou de um Guia junto a um copo com água e uma "pedra" dentro. Ali está o ponto de força do Orixá, o minério que emana e conduz sua energia.
As → velas em no altar, é o Mistério usado por quase
todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, após ser → Consagrada se torna um
poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico de quem
recebe sua irradiação ígnea, elas têm o poder de consumir as energias negativas
que são descarregadas pelos frequentadores do Templo.
As imagens nos Altares, não são, como muito se escuta, adoração sem sentido. Sua função é de impor um respeito único aos frequentadores, induzindo
uma postura respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam
os Orixás, uma vez que é muito utilizado também o → Sincretismo Religioso, uma
unificação através da semelhança entre as características de um Orixá e as de
um santo católico.
Respeitando o Gongá, estamos respeitando todos os Guias e Orixás, ali presentes. O Ato de → Bater Cabeça para o Gongá é reverência e sinal de absoluto respeito por esse Local Sagrado!
Por isso, ao entrar em um Terreiro, ainda que você não seja Filho de Santo, demonstre respeito saudando o Gongá! Mesmo que de longe, agradeça, curve-se, se cruze (fazendo o sinal da cruz) diante dele. Caso tenha a oportunidade de chegar perto, salve o Gongá colocando uma das mãos sobre ele e em seguida levando ela até a cabeça!
Não fale "besteiras" diante do Gongá, evite palavrões, palavras de baixas vibrações, pensamentos ruins. Olhe para ele com respeito e entregue seus pedidos, suas orações! Tenha certeza que com Fé e Respeito, seu coração e mente sairão muito mais leves de qualquer Terreiro.
Umbanda é Fundamento, é preciso estudar para respeitar!
Luz!
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→ A Magia das Velas
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